Autor: Victor Barboza
Chegou a época do ano que papelarias, livrarias, lojas de malas, entre outras, preparam toda sua vitrine, alocam prateleiras e treinam funcionários para atender os pedidos de material escolar. Para os pais, trata-se um gasto que é pontual no mês de janeiro (em alguns casos acaba tendo algumas compras adicionais em Julho), porém, que se não for bem planejado, pode vir a dar uma dor de cabeça na situação financeira da família.
Escolas públicas e particulares, principalmente durante o Ensino Fundamental (1º ao 9º ano) costumam enviar listas de materiais, com a descrição dos itens que os pais precisam comprar tanto para uso individual quanto para uso coletivo, além dos livros. Mesmo no Ensino Médio e no Ensino Superior, os alunos, apesar de normalmente não terem as listas de materiais, também costumam repor estoques de cadernos, canetas e lápis, e livros.
Por ser um gasto tipicamente concentrado em um único mês do ano, muita gente não pensa nele durante o ano todo, e, quando este aparece, acaba tomando um susto, por conta do alto valor que ele pode chegar.
Em relação à compra, algumas escolas já passam a opção da compra coletiva. Outras exigem que a compra dos materiais seja feita individualmente. Neste caso, o primeiro dilema que os pais podem passar é onde comprar os materiais, afinal, existem diversas opções, desde papelarias e lojas de materiais, livrarias, supermercados e lojas de varejo que criam seções especiais, e também, as lojas online. Além disso, há diversas marcas que vendem o mesmo material, o que também pode gerar dúvidas. Portanto, antes da tomada de qualquer decisão, a pesquisa de preços deve ser feita, tanto em estabelecimentos diferentes, quanto em relação a diferentes marcas.
Comparando mesma categoria de produtos numa mesma loja
Para analisar essa variação de preços, começamos com o caso dos cadernos, comparando, dentro da mesma loja, qual a variação dos preços. Estes, além das diversas marcas e lojas, também possuem diferentes tamanhos (quantidades de páginas), e, diferentes capas. O fator capa é um fator muito importante a ser considerado, pois, dependendo do que é apresentado, como é o caso de personagens, há uma questão de direitos autorais envolvida, que obriga quem produz o caderno a pagar para poder representar os personagens. Além disso, os cadernos com capaz mais famosas, que estão na moda, também acabam sendo os mais cobiçados pelas crianças e jovens, o que faz com que sua procura seja maior, impactando também num preço maior.
Tanto para cadernos quanto agendas, os fatores capa, tamanho, estilo e marca fazem a variação de preços, dentro de uma mesma loja, se expressiva. No caso dos cadernos, foi notada variações de preços que chegam a mais de 300%, para a mesma quantidade de folhas. Nas agendas, comparando duas lojas, encontramos na primeira, a agenda mais barata custando R$ 9,99, enquanto a mais cara custava R$ 39,99, praticamente quatro vezes mais. Na outra loja, a agenda mais barata custava R$ 8,99 e a mais cara R$ 24,29, quase três vezes mais cara.
Comparando produtos de mesma marca em lojas diferentes
Além do fator diversidade de tipos e modelos de uma mesma categoria de produto, como fizemos com os cadernos e as agendas anteriormente, também fizemos uma análise de produtos idênticos, vendidos em diferentes lojas. A diferença de preços também é alarmante.
Para comparação, selecionamos 19 lojas, físicas e online, para comparar os preços. Foram listados o preço da loja que cobra mais barato (menor) e o preço da loja que cobra mais caro (maior). A variação mostra a diferença entre estes dois extremos. Em alguns casos, um mesmo produto, vendido em diferentes lojas, chegou a ter mais de 300% de variação de preço.
borracha (160%) e lápis preto (197%).
Dicas
Todos esses dados reforçam a ideia de se planejar e economizar na compra do material escolar. Abaixo, listamos algumas dicas para isso:
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