Autor: Vinicius Szabo
Com um filme difícil e se produzir e dirigir, Bryan Singer conseguiu superar grandes dificuldades que podem aparecer em uma obra biográfica, e concluir com exito uma das maiores e mais aguardadas produções do ano, que já está inclusive, sendo um grande favorito ao Oscar de 2019!
Bohemian Rhapsody não é apenas um longa para entreter o público com as músicas contagiantes e aclamadas do Queen, e sim, foi feito para trazer de volta toda alma e complexidade da banda, mostrando de onde vieram como são e como era a árdua convivência de personalidades tão opostas por metro quadrado!
Para mim, o maior ponto positivo desse filme é a qualidade com que foi feito o processo artístico do filme. Desde cenários, caracterização, preparação de elenco (que captura e traz para a tela com veemência todos os trejeitos e detalhes impressionantes dos personagens da vida real), cenas, momentos e clipes marcantes que foram reproduzidos com perfeição, como o momento da passagem da banda pelo Brasil, que foi retratado na película, ou até mesmo o show do Live 8. Com destaque para o ator principal Rami Malek, que interpreta com PERFEIÇÃO Mercury.
Este é um belo filme, que com certeza irá encantar, emocionar e deixar de boca aberta fãs do Queen (como eu!), e que ensina e impressiona também os leigos da banda, que com Bohemian Rhapsody poderão descobrir, por exemplo, que ao contrário do que muitos pensam, não foi Freddie Mercury que escreveu a maioria das músicas do grupo.
Traições e dilemas alavancam a trama da produção, e provoca um suspense gostoso no filme.
O roteiro, apesar de bem explorado nos aspectos pessoais de Mercury, que traz de maneira muito completa e íntegra os problemas internos que o cantor sofria na questão da sexualidade por exemplo, deixa um pouco a desejar quando o assunto é a banda Queen como um todo, que é deixada de lado na metade da história para centrar o foco mais em Freddie do que qualquer outro personagem.
~ "AH, mas podem dizer, O FILME É SOBRE O FREDDIE MERCURY". Então faria mais sentido colocar o nome do filme de "Freddie Mercury", e não de "Bohemian Rhapsody" (música que, alias, a teve envolvimento de toda a banda para sua criação. E por ser o título da trama, o filme a música não carrega o destaque e peso esperado por tanto. É só mais uma cena, e não a cena, como o trailer prometia.
Nota do crítico: ★★★★ (quatro estrelas)